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Portuguese Songs for Language Learners (with lyrics)
With its rich cultural heritage and vibrant music scene, Portugal offers a treasure trove of songs for language learners. And guess what! Learning Portuguese becomes even more enjoyable when combined with music.
But there’s more. Because song lyrics are usually packed with idiomatic expressions, delving into Portuguese tunes will help you expand your vocabulary and improve your feel for the language.
Last but not least, listening to Portuguese music and singing along is a great way to work on your pronunciation skills and thus improve your speaking confidence.
Here’s a list of 13 Portuguese songs spanning several genres and eras. I hope you enjoy it.
1. “Alvorada” (Cristina Branco)
Meu amor tão transparente
Meu reverso de loucura
Tens o dom de olhar em frente
Para além da desventura
Ancorei na voz que canta
Esse teu olhar profundo
Cada nó desta garganta
Plantou flores pelo mundo
Queria ficar mais um pouco
Mas chegou a alvorada
Quem dera que fosse
Para sempre madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
Cada marca do meu corpo
Vejo eu que te não pesa
Cada dia é um dia novo
Cada beijo uma reza
Alvorada amor ardente
Soube bem velar teu sono
Já esquecemos tanta gente
Ainda nem é o outono
Queria ficar mais um pouco
Mas chegou a alvorada
Quem dera que fosse
Para sempre madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
O amor fica diferente
Quando chega a alvorada
Mas já se reaprende
Quando for de madrugada
E voltarmos a fazer tudo outra vez
2. “Canção do Engate” (António Variações)
Tu estás livre e eu estou livre
E há uma noite p’ra passar
Porque não vamos unidos
Porque não vamos ficar
Na aventura dos sentidos
Tu estás só e eu mais só estou
E tu tens o meu olhar
Tens a minha mão aberta
À espera de se fechar
Nessa tua mão deserta
Vem que o amor não é o tempo
Nem é o tempo que o faz
Vem que o amor é o momento
Em que eu me dou
Em que te dás
Tu que buscas companhia
E eu que busco quem quiser
Ser o fim desta energia
Ser um corpo de prazer
Ser o fim de mais um dia
Tu continuas à espera
Do melhor que já não vem
Que a esperança foi encontrada
Antes de ti por alguém
E eu sou melhor que nada
Vem que o amor não é o tempo
Nem é o tempo que o faz
Vem que o amor é o momento
Em que eu me dou
Em que te dás
Que o amor não é o tempo
Nem é o tempo que o faz
Vem que o amor é o momento
Em que eu me dou
Em que te dás
3. “Pica do 7” (António Zambujo)
De manhã cedinho
Eu salto do ninho e vou pra paragem
De bandolete à espera do sete
Mas não pela viagem
Eu bem que não queria
Mas um certo dia vi-o passar
E o meu peito cético
Por um pica de elétrico voltou a sonhar
A cada repique
Que soa do clique daquele alicate
Num modo frenético
O peito cético toca a rebate
Se o trem descarrila o povo refila e eu fico num sino
Pois um mero trajeto no meu caso concreto é já o destino
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira
Desta vida vão
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá
Que triste fadário e que itinerário tão infeliz
Cruzar meu horário com o de um funcionário de um trem da carris
Se eu lhe perguntasse
Se tem livre passe pró peito de alguém
Vá-se lá saber talvez eu lhe oblitere o peito também
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vão
Mais nada me dá a pica que o pica do sete me dá
Ninguém acredita no estado em que fica o meu coração
Quando o sete me apanha
Até acho que a senha me salta da mão
Pois na carreira desta vida vão
Mas nada me dá a pica que o pica do sete me dá
Mas nada me dá a pica que o pica do sete me dá
4. “A Paixão” (Rui Veloso)
Tu eras aquela que eu mais queria
Pra me dar algum conforto e companhia
Era só contigo que eu sonhava andar
Pra todo o lado e até quem sabe?
Talvez casar
Ai o que eu passei, só por te amar
A saliva que eu gastei para te mudar
Mas esse teu mundo era mais forte do que eu
E nem com a força da música ele se moveu
Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no Rivoli
Era só a ti que eu mais queria
Ao meu lado no concerto nesse dia
Juntos no escuro de mão dada a ouvir
Aquela música maluca sempre a subir
Mas tu não ficaste nem meia hora
Não fizeste um esforço pra gostar e foste embora
Contigo aprendi uma grande lição
Não se ama alguém que não ouve a mesma canção
Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no Rivoli
Foi nesse dia que percebi
Nada mais por nós havia a fazer
A minha paixão por ti era um lume
Que não tinha mais lenha por onde arder
Mesmo sabendo que não gostavas
Empenhei o meu anel de rubi
Para te levar ao concerto
Que havia no Rivoli
5. “Uma casa Portuguesa” (Amália Rodrigues)
(Cover by Tiago Nacarato)
Numa casa portuguesa fica bem
Pão e vinho sobre a mesa
E se à porta humildemente bate alguém
Senta-se à mesa com a gente
Fica bem essa franqueza fica bem
Que o povo nunca a desmente
A alegria da pobreza
Está nesta grande riqueza
De dar e ficar contente
Quatro paredes caiadas
Um cheirinho à alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um São José de azulejo
Mais o Sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera
É uma casa portuguesa com certeza
Lá é com certeza uma casa portuguesa
No conforto pobrezinho do meu lar
Há fartura de carinho
E a cortina da janela e o luar
Mais o sol que bate nela
Basta pouco poucochinho pra alegrar
Uma existência singela
É só amor pão e vinho
E um caldo verde verdinho
A fumegar na tigela
Quatro paredes caiadas
Um cheirinho à alecrim
Um cacho de uvas doiradas
Duas rosas num jardim
Um São José de azulejo
Mais o Sol da primavera
Uma promessa de beijos
Dois braços à minha espera
É uma casa portuguesa com certeza
É com certeza uma casa portuguesa
É uma casa portuguesa com certeza
É com certeza uma casa portuguesa
6. “Jardins Proibidos” (Paulo Gonzo)
Quando amanheces, logo no ar
Se agita a luz sem querer
E mesmo o dia, vem devagar
Para te ver
E já rendido, ver-te chegar
Desse outro mundo só teu
Onde eu queria, entrar um dia
P’ra me perder
P’ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim
Ardo em ciúme, desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz
Entre as mulheres
Quebra-se o tempo, em teu olhar
Nesse gesto sem pudor
Rasga-se o céu, e lá vou eu
P’ra me perder
P’ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim
Ardo em ciúme, desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz
P’ra me perder, nesses recantos
Onde tu andas, sozinha sem mim
Ardo em ciúme, desse jardim
Onde só vai quem tu quiseres
Onde és senhora do tempo sem fim
Por minha cruz, jóia de luz
Entre as mulheres
7. “Amar pelos Dois” (Salvador Sobral)
Se um dia alguém perguntar por mim
Diz que vivi para te amar
Antes de ti, só existi
Cansado e sem nada para dar
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender
Meu bem, ouve as minhas preces
Peço que regresses, que me voltes a querer
Eu sei que não se ama sozinho
Talvez, devagarinho, possas voltar a aprender
Se o teu coração não quiser ceder
Não sentir paixão, não quiser sofrer
Sem fazer planos do que virá depois
O meu coração pode amar pelos dois
8. “O homem do leme” (Xutos & Pontapés)
Sozinho na noite
Um barco ruma, para onde vai
Uma luz no escuro
Brilha a direito, ofusca as demais
E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo impor-lhe uma fé
Mas, vogando à vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme
E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder
No fundo do mar
Jazem os outros, os que lá ficaram
Em dias cinzentos
Descanso eterno lá encontraram
E mais que uma onda, mais que uma maré
Tentaram prendê-lo, impor-lhe uma fé
Mas, vogando a vontade, rompendo a saudade
Vai quem já nada teme, vai o homem do leme
E uma vontade de rir, nasce do fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder
No fundo horizonte
Sopra o murmúrio para onde vai
No fundo do tempo
Foge o futuro, é tarde demais
E uma vontade de rir nasce no fundo do ser
E uma vontade de ir, correr o mundo e partir
A vida é sempre a perder
E uma vontade de rir nasce no fundo do ser
9. “Frágil” (Jorge Palma)
Põe-me o braço no ombro
Eu preciso de alguém
Dou-me com toda a gente
E não me dou a ninguém
Frágil
Sinto-me frágil
Faz-me um sinal qualquer
Se me vires falar de mais
Eu às vezes embarco
Em conversas banais
Frágil
Eu sinto-me frágil
Frágil
Esta noite estou tão frágil
Frágil
Já nem consigo ser ágil
Está a saber-me mal
Este whisky de malte
Adorava estar in
Mas estou-me a sentir out
Frágil
Eu sinto-me frágil
Acompanha-me a casa
Já não aguento mais
Deposita na cama
Os meus restos mortais
Frágil
Eu sinto-me frágil
10. “O Primeiro Dia” (Sérgio Godinho)
A princípio é simples, anda-se sozinho
Passa-se nas ruas bem devagarinho
Está-se bem no silêncio e no borborinho
Bebe-se as certezas num copo de vinho
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
Pouco a pouco o passo faz-se vagabundo
Dá-se a volta ao medo e dá-se a volta ao mundo
Diz-se do passado que está moribundo
Bebe-se o alento num copo sem fundo
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
E é então que amigos nos oferecem leito
Entra-se cansado e sai-se refeito
Luta-se por tudo o que se leva a peito
Bebe-se e come-se se alguém nos diz bom proveito
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
Depois vêm cansaços e o corpo frequeja
Olha-se para dentro e já pouco sobeja
Pede-se o descanso por curto que seja
Apagam-se dúvidas num mar de cerveja
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
E enfim duma escolha faz-se um desafio
Enfrenta-se a vida de fio a pavio
Navega-se sem mar sem vela ou navio
Bebe-se a coragem até dum copo vazio
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
Entretanto o tempo fez cinza da brasa
Outra maré cheia virá da maré vaza
Nasce um novo dia e no braço outra asa
Brinda-se aos amores com o vinho da casa
E vem-nos à memória uma frase batida
Hoje é o primeiro dia do resto da tua vida!
11. “Carta” (Toranja)
Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caíssem a teus pés
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és
Saudade é o ar
Que vou sugando e aceitando
Como fruto de Verão
Nos jardins do teu beijo
Mas sinto que sabes que sentes também
Que num dia maior serás trapézio sem rede
A pairar sobre o mundo
Em tudo o que vejo
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado
Por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando
E todo o teu planeamento estratégico
De sincronização do coração
São leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando
Anseio o dia em que acordares
Por cima de todos os teus números
Raízes quadradas de somas subtraídas
Sempre com a mesma solução
Podias deixar de fazer da vida
Um ciclo vicioso
Harmonioso ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro
Que a minha bola de cristal é folha de papel
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua
Numa chama minha e tua
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos deuses
Mas não fui eu que te escolhi
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaço de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti
É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago feiticeiro…
Nela te pinto nua, nua
Numa chama minha e tua
Numa chama minha e tua
Ainda magoas alguém
O tiro passou-me ao lado
Ainda magoas alguém
Se não te deste a ninguém
Magoaste alguém
A mim… passou-me ao lado
A mim… passou-me ao lado
12. Anda comigo ver os aviões “Os Azeitonas”
Anda comigo ver os aviões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu
Anda comigo ao porto de Leixões ver os navios
A levantar ferro
A rasgar o mar
Um dia eu ganho a lotaria
Ou faço uma magia
E que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
Nem que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à América
Nem que eu leve a América até ti
Anda comigo ver os automóveis à avenida
A rasgar nas curvas
A queimar pneus
Um dia vamos ver os foguetões levantar voo
A rasgar as nuvens
Rasgar o céu
Um dia eu ganho o totobola
Ou pego na pistola
E que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à lua
Nem que eu roube a lua
Só p’ra ti
Um dia eu vou jogar à bola
Ou vendo esta viola
Nem que eu morra aqui
Mulher tu sabes o quanto eu te amo
O quanto eu gosto de ti
E que eu morra aqui
Se um dia eu não te levo à américa
Nem que eu leve a américa até ti
13. Um contra o outro (Deolinda)
Anda, desliga o cabo
Que liga a vida a esse jogo
Joga comigo um jogo novo
Com duas vidas, um contra o outro
Já não basta esta luta contra o tempo
Este tempo que perdemos
A tentar vencer alguém
Ao fim ao cabo o que é dado como um ganho
Vai-se a ver desperdiçámos
Sem nada dar a ninguém
Anda! Faz uma pausa
Encosta o carro, sai da corrida
Larga essa guerra que a tua meta
Está deste lado da tua vida
Muda de nível, sai do estado invisível
Põe um modo compatível
Com a minha condição
Que a tua vida é real e irrepetível
Dá-te mais que o impossível
Se me deres a tua mão
Sai de casa e vem comigo para a rua, vem
Que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens
Sai de casa e vem comigo para a rua, vem
Que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens
Anda! Mostra o que vales
Tu nesse jogo vales tão pouco
Troca de vício por outro novo
Que o desafio é corpo a corpo
Escolhe a arma e uma estratégia que não falha
O lado forte da batalha
Põe no máximo poder
Dou-te a vantagem: tu com tudo e eu sem nada
Que mesmo assim desarmada
Vou-te ensinar a perder!
Sai de casa e vem comigo para a rua, vem
Que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens
Sai de casa e vem comigo para a rua, vem
Que essa vida que tens
Por mais vidas que tu ganhes
É a tua que mais perde se não vens
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